Seremos mesmo concorrentes?
Na semana passada tive o prazer de conhecer pessoalmente Christian Burgos (CB), Director da Revista Brasileira Adega. Durante a visita que fez à quinta onde trabalho, tivemos oportunidade de conversar um bom bocado e trocar algumas ideias. Contou-me uma história que, de tão representativa quase parece um provérbio Chinês! Mas não, assegurou-me que era real, embora não vá aqui revelar o protagonista (até porque me esqueci do nome! Eu sou muito mau nestas coisas!). Mais ou menos foi isto:
Entrevistando um grande produtor mundial, CB perguntou-lhe qual era o país em que tinha gostado mais de se instalar, pois é prática sua, viver os primeiros anos do projecto no novo local. Pensou um pouco e respondeu Estados Unidos! Meio desconcertado com a resposta CB perguntou porquê! Ele respondeu que, passado pouco mais de um mês de se ter instalado, começou a receber visitas de outros produtores vizinhos que lhe davam as boas vindas, juntamente com um conjunto de dicas preciosas sobre as castas a usar ou não usar, o que resultava e não! Cuidados especiais,….
Já bastante curioso com toda aquela ajuda súbita, perguntou ao produtor seguinte porque o ajudavam se eram concorrentes? Em resposta, o seu vizinho disse-lhe que, primeiro, o consumidor teria de escolher um vinho dos Estados Unidos, depois da Califórnia, depois de Napa, depois da sua AVA, nesta fase, não se podiam dar ao luxo do consumidor ter um vinho mau para escolher, pois poderia afasta-lo para sempre da região.
Só depois disso se tornaria concorrentes!
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