A presença dos produtores na internet
Um conselho sábio. Arranjem quem vos ensine a andar por aqui, comprem 2 ou 3 livros sobre o assunto, leiam-nos ou então arranjem uma outra forma de aprender. Caso contrário, deixem-se estar quietinhos, está bem?
Pronto, já chamei a atenção. Agora oiçam:
A Internet é um veículo de comunicação brutal!
Por aqui a dita comunicação tem várias fases. No inicio, na chamada 1.0, o emissor comunicava sozinho. Não era muito diferente dos anúncios das revistas ou da televisão. A diferença era somente a plataforma. Depois a coisa evoluiu para a 2.0 e apareceu o elemento mágico, a interacção. O receptor interage com o emissor e cria-se uma ligação entre ambos. Há quem fale já na Web 3.0, que, a meu ver deveria ser chamada de Web 2.1, pois o que muda é a forma como interagimos e o tempo de reacção. No essencial o princípio permanece. Interacção.
Tal como o toxicodependente tem de reconhecer a doença antes de lhe ser proposto o tratamento, também o produtor de vinhos tem de reconhecer que está preso ao 1.0 antes de lhe podermos sugerir formas de estar no 2.0 ou no suposto 3.0.
E não, não é pelo facto de terem um site, um blog e muito menos por terem um perfil nas redes sociais que a coisa muda. Canso-me de ver mini press releases no facebook. Estéreis, neutros. Pouco mais são que lixo. Produtores que se adicionam a grupos apenas para largar circulares. Parem com isso! Sejam genuínos, fomentem o diálogo com os consumidores. Ofereçam-lhe informação útil (ah! E não tem de ser sempre sobre os vossos vinhos). Sejam acessíveis. Mostrem presença, disponibilidade. Interajam. Interajam por favor!
Irra. Têm um manancial de ferramentas de comunicação gratuitas e não as sabem usar. Pior é que poucos parecem dar mostras de querer aprender.
Vamos lá rapaziada. Vamos olhar para isto de uma forma séria, boa? Ajam como se vender vinho fosse uma consequência, não uma intenção primária!
Não hesitem em pedir ajuda. Estou à vossa disposição. GRÁTIS!
Comentários
Nesta área da internet, é incrível a quantidade de produtores que mantêm os seus sites desactualizados. Em muitos deles, e não vale a pena citar nomes (alguns que até andam nas bocas do mundo), os últimos vinhos referidos são das colheitas de 2005/2006. Ora, se já possuem vinhos de 2010/2011 no mercado...
Obrigado pelo comentário.
Para mim, piora quando não há a mínima sensibilidade para a comunicação one to one. Apresenta-se uma postura autista, quando muitas vezes nem se tem, convencidos de que estão a fazer a coisa certa.
Não vêm os consumidores como seres humanos iguais a si que querem saber, conversar, …. E é tão simples, não é?
Abraço
HM
E gostaria imenso de aprender mais coisas sobre como estar nesta "coisa" (eheheh) chamada de internet!! Para quando uma conversazinha?! :)
Não podia estar mais de acordo contigo, mas acho que o panorama ainda é pior do que o pintas. Existem imensos produtores que ainda nem sequer chegaram ao básico de ter um site funcional e com informação actualizada, quando mais pensar em interagir com o público. Fico espantado quando vejo que um produtor tem um site novo, pelo qual deve ter pago algum dinheiro, mas que depois não está minimamente actualizada.
A este propósito, estou a preparar um projecto com o Gonçalo (também do ETOVL), mas ainda é cedo para revelar.
Um abraço,
Nuno Vieira
P.S. - Às vezes parece que nem a questão da publicidade eles dominam. Estive atento aos anúncios na última Revista dos Vinhos e vi coisas arrepiantes...
obrigado pelso comentários.