Vedante sintético ou rolha de cortiça?
Há já algum tempo que me bato pela ideia de que, deve ser o enólogo, em consciência, a decidir pelo vedante mais indicado para o vinho.
Não vão já ai pela rua gritar que eu sou contra a rolha, que estou feito com outros vedantes, enfim, aqueles argumentos histéricos de quem não está minimamente disposto a ouvir o outro lado.
Quando temos um vinho e lhe colocamos uma “rolha”, estou convicto que, exceptuando deficit de equipamento, nenhum enólogo opta pelo vedante sem ter em atenção o tipo de evolução que lhe encomendaram ou que entende ser o mais correcto.
Conheço melhor a realidade dos vinhos brancos (VB) e por isso, o meu exemplo irá para estes vinhos, mas não pensem que o mesmo não se passa com os restantes estilos.
Imagine-se um VB fermentado em inox, desses das modas que, ou é feito com Sauvignon Blanc ou conduzido para o imitar. É um vinho que vale essencialmente pela frescura, pela novidade, pela intensidade aromática. Enquanto a fruta ainda é fruta e a evolução não fez das suas o vinho existe e agrada. A alguns chega a deslumbrar, vejam bem!
O pior é quando começa a evoluir, a mostrar a mineralidade, as frutas evoluídas, aparecem as compotas,… quando há, pois se não há, não fica mais nada que uma água acida. Logo, que sentido faz chapar-lhe uma rolha de cortiça (mesmo admitindo a melhor das melhores). Esses vinhos querem preservação, querem ser embalsamados se os queremos mamar daqui a dois anos ainda com alguma vida.
“Encanita-me o sistema”, ter gente a dizer que só posso usar rolhas de cortiça e depois essas mesmas pessoas a afirmar que o vinho já está um pouco passado. Raios partam as campanhas enganadoras que tentam influenciar a mente dos nossos consumidores de forma a exercer pressão para que só usemos rolhas de cortiça.
E quanto àquele argumento bem catita da cortiça ser um produto português, e que nós portugueses temos obrigação de o proteger. Do montado e da sua importância para o ecossistema (SEI!) Para esses eu lembro que o vinho que FAZEMOS também é um produto Português. No dia em que os corticeiros me garantirem que só bebem vinho português. no dia em que deixarem alguns deles de ter fabricas de cortiça e ao mesmo tempo de rolhas sintéticas. No dia em que me garantirem que mesmo com a extinção de outros vedantes a rolha não sofreria dos ímpetos gananciosos habituais nos monopólios. No dia em que os consumidores me exigirem cortiça pela evolução que querem nos vinhos. Então, nesse dia, eu vos garanto que paro. Penso um pouco mais antes de afirmar:
Lutarei sempre a favor da escolha pelos técnicos!
Entenderam?
Boa!
Não vão já ai pela rua gritar que eu sou contra a rolha, que estou feito com outros vedantes, enfim, aqueles argumentos histéricos de quem não está minimamente disposto a ouvir o outro lado.
Quando temos um vinho e lhe colocamos uma “rolha”, estou convicto que, exceptuando deficit de equipamento, nenhum enólogo opta pelo vedante sem ter em atenção o tipo de evolução que lhe encomendaram ou que entende ser o mais correcto.
Conheço melhor a realidade dos vinhos brancos (VB) e por isso, o meu exemplo irá para estes vinhos, mas não pensem que o mesmo não se passa com os restantes estilos.
Imagine-se um VB fermentado em inox, desses das modas que, ou é feito com Sauvignon Blanc ou conduzido para o imitar. É um vinho que vale essencialmente pela frescura, pela novidade, pela intensidade aromática. Enquanto a fruta ainda é fruta e a evolução não fez das suas o vinho existe e agrada. A alguns chega a deslumbrar, vejam bem!
O pior é quando começa a evoluir, a mostrar a mineralidade, as frutas evoluídas, aparecem as compotas,… quando há, pois se não há, não fica mais nada que uma água acida. Logo, que sentido faz chapar-lhe uma rolha de cortiça (mesmo admitindo a melhor das melhores). Esses vinhos querem preservação, querem ser embalsamados se os queremos mamar daqui a dois anos ainda com alguma vida.
“Encanita-me o sistema”, ter gente a dizer que só posso usar rolhas de cortiça e depois essas mesmas pessoas a afirmar que o vinho já está um pouco passado. Raios partam as campanhas enganadoras que tentam influenciar a mente dos nossos consumidores de forma a exercer pressão para que só usemos rolhas de cortiça.
E quanto àquele argumento bem catita da cortiça ser um produto português, e que nós portugueses temos obrigação de o proteger. Do montado e da sua importância para o ecossistema (SEI!) Para esses eu lembro que o vinho que FAZEMOS também é um produto Português. No dia em que os corticeiros me garantirem que só bebem vinho português. no dia em que deixarem alguns deles de ter fabricas de cortiça e ao mesmo tempo de rolhas sintéticas. No dia em que me garantirem que mesmo com a extinção de outros vedantes a rolha não sofreria dos ímpetos gananciosos habituais nos monopólios. No dia em que os consumidores me exigirem cortiça pela evolução que querem nos vinhos. Então, nesse dia, eu vos garanto que paro. Penso um pouco mais antes de afirmar:
Lutarei sempre a favor da escolha pelos técnicos!
Entenderam?
Boa!
Comentários
Carlos Janeiro
http://comerbeberlazer.blogspot.com/
vai seu interessante ler a tua visão do tema.
espero.
Agora deixaste-me a pensar no assunto. E começo a perder as minhas certezas.
Maldito sejas...
A escolha para os técnicos!
Luta! Luta! Luta!!!!!!
EH! EH! EH!
Eu sou pela evolução que a rolha permite aos vinhos, o que, do ponto de vista económico vai dar ao mesmo, mas, não é bem a mesma coisa.
Obrigado pela resposta. Vou estudar essa questão.
eventualmente fazer ensaios.
Obrigado pela dica.
http://comerbeberlazer.blogspot.com/2012/02/rolha-de-cortica-rolha-sintetica-ou.html