Conhecer e trabalhar o Vinho
Presumo que exista um exemplar deste livrinho em casa de
cada enófilo ou enólogo de todo o mundo. Não tanto pelas suas qualidades
extraordinárias, mas sim pela sua fama intemporal e pelo simples facto de
que, durante muitos anos, foi quase peça única e sem concorrência no mundo da
enologia escrita.
Trata-se de um livro simples, de consulta fácil. Bem estruturado
e intuitivo na pesquisa. Informa qb e quanto a mim, esgotam-se aqui as suas mais-valias.
Diz o prefácio desta edição que tenho, a segunda, datada de
1981 (penso, a ficha técnica é muito deficiente) o seguinte:
“Na altura do seu aparecimento, este livro representava uma
versão condensada, mais acessível, do “Tratado de Enologia” em dois volumes de
J. Ribéreau-Gayon e E. Peynaud,…”
Seja, contudo, acho que à luz dos nossos dias, torna-se um
pouco difícil de mastigar pelos enófilos e com poucos ou nenhuns porquês para
os enólogos.
Nas minhas pesquisas, nos meus estudos, serve-me como
elemento de primeira abordagem. Um ponto de partida. Um auxiliar de estruturação.
O esqueleto.
Se me perguntarem os enófilos se vale a pena comprar, direi
com honestidade que não, a ter apenas um, prefiro este.
No entanto, é uma obra do grande Emile Peynaud, quanto mais
não seja pelo respeito histórico valerá sempre a pena.
Comentários