Vinho. Uma questão de lifestyle?
Foto usada a partir do perfil de facebook de André Ribeirinho |
Num raro momento de “lucidez”, dou por mim a pensar na
máxima “simple is better!”.
Reparem.
Não é novidade que nos deparamos com graves problemas de escoamento de produto (pelo menos a preços que permitam uma sobrevivência digna!). Também não dou novidade ao mundo quando afirmo que um dos grandes desafio das marcas, principalmente das que têm uma visão a longo prazo é a atracção de um publico consumidor mais jovem.
Não é novidade que nos deparamos com graves problemas de escoamento de produto (pelo menos a preços que permitam uma sobrevivência digna!). Também não dou novidade ao mundo quando afirmo que um dos grandes desafio das marcas, principalmente das que têm uma visão a longo prazo é a atracção de um publico consumidor mais jovem.
Em relação a esta segunda constatação, muito se tem feito. A meu ver, bem! Dinamizou-se o marketing e adaptaram-se alguns produtos para agradar às supostas preferências dessa divisão social. Quem nunca
provou um Porto rosé? Contudo, na minha frágil mente, faltava ainda algo. A “coisa”
não estaria completa. Carecíamos de um elo de ligação. O tal elo perdido.
Nos últimos tempos tenho desenvolvido uma fortíssima convicção
de que esse elo já existe, mas continua fortemente desprezado, tanto pelos agentes
económicos como pela maioria da rapaziada que anda por aqui a mandar
bitaites sobre vinhos. A solução reside, tão somente na questão do lifestyle.
Explico com, talvez, o exemplo mais gritante que temos por cá (Portugal). André Ribeirinho.
O André, sem publicar muito no seu blog pessoal, sem usar o “seu”
projecto profissional como bengala, arrisco até em afirmar que, não sendo um mago da prova e
demonstrando, claramente que se está a “borrifar” para isso, faz mais pelo
consumo de vinho e pela imagem de quem consome, do que todos os blogs
juntos (sim, com este à cabeça, está bem!), as revistas, os programas de
televisão e o diabo a 7.
Como?
Muito simples. Sacode o pó e retira o lenço do pescoço, reescreve a ideia estereotipada de que o vinho é coisa de velhos maduros que já não têm pernas para o LUX. Muito pelo contrário, a imagem que passa é a de que: “Fixe, fixe é ir ao LUX e pedir um copo de vinho!”.
Como?
Muito simples. Sacode o pó e retira o lenço do pescoço, reescreve a ideia estereotipada de que o vinho é coisa de velhos maduros que já não têm pernas para o LUX. Muito pelo contrário, a imagem que passa é a de que: “Fixe, fixe é ir ao LUX e pedir um copo de vinho!”.
Ou seja, o "gajo", introduz o vinho e o seu consumo (moderado,
espero!) na sua vida, no que lhe dá prazer, no que lhe traz felicidade. Tira-lhe
o peso da sabedoria e lima-lhe as arestas do aborrecimento.
Transforma, todos os dias, o consumo de vinho num acto simples, leve, divertido e ...
FIXE, PORRA!
Transforma, todos os dias, o consumo de vinho num acto simples, leve, divertido e ...
FIXE, PORRA!
Cá, por terras de Cavaco já começam a aparecer outros nomes
nas minhas referencias pessoais que introduzem o vinho no seu lifestyle. De formas diferentes, felizmente. Penso até que
no próximo ano iremos assistir à afirmação de alguns. Querem nomes? Querem apostas? Eu dou:
Jorge Nunes, Daniel Matos e André Peres. Apenas 3 do ciclo de pessoas com quem
me dou, e sem desmérito para os demais.
O potencial desta gente é imenso. Sei, por experiência, que a forma como estão nas redes sociais, a quantidade de fotos que publicam e a maneira como abordam cada vinho que provam, faz milagres por uma marca. Também pelo facto de quem os segue saber que são pessoas comuns, com gostos normais e emoções reais. Não há melhor publicidade, certo?
O potencial desta gente é imenso. Sei, por experiência, que a forma como estão nas redes sociais, a quantidade de fotos que publicam e a maneira como abordam cada vinho que provam, faz milagres por uma marca. Também pelo facto de quem os segue saber que são pessoas comuns, com gostos normais e emoções reais. Não há melhor publicidade, certo?
Por isso, meus caros produtores, estejam atentos a esta interessantíssima
maneira de gerar consumo e, claro, aproveitem-se deles, façam de tudo para os
associar às vossas marcas.
Abram os olhos. Modernizem-se!
Abram os olhos. Modernizem-se!
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