Hugo Mendes com distribuidor?



Ando há semanas para escrever sobre isto mas a verdade é que não tenho conseguido "inspiração" para expressar o sentimento que ponho nesta parceria que agora inicio. 

Há uns tipos que conheço quase desde que ando nestas coisas do vinho. Eles têm uma distribuidora que criaram muito depois de nos conhecermos e cujo crescimento tenho acompanhado bem de perto. Posso dizer que somos amigos e que, sem dívida alguma, torcemos pelo sucesso uns dos outros, primeiramente porque acreditamos no empenho e profissionalismo que ambos metemos no nosso trabalho.

Deixem que vos conte isto assim:
A vontade de ter um vinho surgiu-me uns bons 4 anos antes de se concretizar, mas nessa altura, seria um Tejo, teria uma garrafa azul e chamar-se-ia Alice, num grafismo muito arrojado pela mão do meu amigo José Jardim. O projecto teve de ficar em águas de bacalhau devido a questões financeiras mas não deixei de fazer as diligências que achei devidas. Partilhei a ideia com algumas pessoas amigas, aconselhei-me com quem conhecia o mercado e estes amigos de que vos falei em cima, foram parte da pequena multidão ouvida. 

A resposta que me deram foi de tal ordem motivadora que ainda hoje me ressoa nos ouvidos:  "Faz o vinho que entenderes que distribuidor já tens!".

O projecto concretizou-se da maneira que conhecem e andei duas colheitas a evitar trabalhar com distribuidoras. O motivo é óbvio. Quis ter a liberdade criativa para desenvolver o perfil que melhor me satisfizesse. Trabalhar com este nível de profissionalismo obriga-me a certezas no perfil do vinho que não tinha no lançamento da primeira colheita. O projecto manteve-se pequeno e o leque de clientes restrito a pouco mais do que uma mão cheia de restaurantes fora da família de patronos. Os informáticos apelidam de fase beta quando um programa está disponível para uma ínfima parte dos utilizadores a fim de ser afinado, optimizado e melhorado antes de ser libertado para o mercado global. Considerem os primeiros tempos, uma espécie de fase beta deste nosso vinho.

Agora que tenho confiança no perfil desenvolvido, decidi que estava na hora de avançar em frente, de assumir a seriedade da coisa e encontrar o parceiro certo para trabalhar todo o mercado que não estava a ser trabalhado. O velhinho canal HoReCa.
A minha vontade é esta: Continuo a fazer o canal particular e posso agora arrancar com ideias novas para mimar os meus patronos (o Vital é a primeira delas) e o meu parceiro fará todo o canal profissional. Desta forma espero um crescimento que nos trará estabilidade financeira e maior reconhecimento da marca. 


Como já devem ter calculado, não procurei ninguém nem analisei nenhuma das propostas que me foram chegando. Só havia um distribuidor possível e esse distribuidor chama-se ...





A minha entrada coincide com uma transformação dentro da empresa. Para além do crescimento que têm tido nos últimos anos, a distribuidora está hoje, apostada em privilegiar vinhos com uma história, com um conceito, com algo mais do que apenas vinho pelo seu poder inebriante ou valor económico.
Estamos portanto em perfeita sintonia e não poderia estar mais feliz por tê-los como parceiros.
Será uma nova fase, um novo momento desta nossa aventura. Ganharei forma de me dedicar ainda mais a mimar os meus patronos. Culpados únicos da existência de vinhos no mercado com a marca Hugo Mendes.
Crescemos juntos, mas agradeço sozinho.




Comentários

Anónimo disse…
Tu és um tipo com ideias claras e bem arrumadas.
Até pela forma e substância da tua escrita se nota. :-)
Vamos em frente.

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