Se pudesse escolher, o Ronaldo seria o meu filho!


Seguindo as dicas de um amigo, decidi criar um prato... bem, não sei se posso chamar prato a isto, nem sei se é bem comida de gente. É, nas palavras da minha sogra, "uma abobragem" feita sem carne. A única proteína animal aqui é a caseína do queijo fresco de cabra que usei para refrescar uma espécie de salada que misturou folhas frescas de alface, rúcula e mais não sei o quê (daquelas saladas prontas a comer que apanhamos nos supermercados e nalguns restaurantes) com uns vegetais no forno. Batata doce, tomate, cenoura e grão.
O grão... adoro grão de qualquer forma. Um dia vão-me dar grão cru e vou gostar. Batata doce também estava catita, daquela de polpa amarela. Ficou fixe. A cenoura estava neutra e o tomate não secou, por isso não o juntei.


Ervas do pacote a fazer a cama, vegetais no forno e o queijo por cima. Temperos e cebola frita (daquela que se compra nos supermercados). Tudo isto num conjunto... medonho! O termo certo é, foi uma combinação de merda! Um falhanço monumental que comi com aquela satisfação dos alarves que comem qualquer lavagem bem temperada como se de um pitéu se tratasse. Individualmente os ingredientes não estavam maus, mas o conjunto era super neutro, confuso e sem mérito. Julgo que o maná dos judeus, às páginas tantas lhes saberia a algo parecido.




Não me peçam para explicar como, mas isto pedia um branco. Um branco vibrante, que salvasse a refeição e desse algum sentido ao momento. Abri um Hugo Mendes 2017 e não é que o prato não me soube melhor? 

Mas caramba... o vinho soube-me bem para caralho.


É lixado quando um gajo quer ser genuíno sobre o único produto que tem para vender, mas também é certo que me estou a cagar para o que quer que pensem das minhas intenções e vou mesmo dizer o que vim aqui dizer.

O vinho está numa fase que me deixa cheio de certezas. Depois de quase um ano de garrafa está "vivão", cheio de garra e "crispness" (sei lá como isto se traduz). Está a dar-me sinais que até aqui senti em muito poucos vinhos dos que ajudo a fazer. A certeza que começo a conseguir defender isto de olhos fechados. Porque os conheço, porque os entendo, porque consigo perceber o que são e para onde vão... estou a ficar apaixonado por ele, é o que é!

Sei que é do meu umbigo (e do meu bolso) que vos falo e por isso façam o desconto que acharem justo. Apenas vos quero dizer que estou "putamente" orgulhoso de fazer parte desta história. 

Vou-vos contar uma brincadeira que tenho com os meus filhos:

Se tivesse todas as crianças do mundo, alinhadas à minha frente e me dessem a oportunidade de escolher quais deles seriam os meus filhos, sabem qual escolhia?
Costumo respondo a brincar que escolheria o Ronaldo, para logo afirmar com toda a "babança" e cagança do mundo que seriam aqueles dois seres maravilhosos os eleitos. Sem sombra de contestação!

E se fosse com vinho, sabem qual escolheria?

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