Vendas virtuais, a nova demanda dos produtores de vinho


Vivemos dias de incerteza, angustia e nalguns casos, desespero. A crise que se instala, tal como todas as crises acaba por forçar oportunidades mas também ajuda a expor os oportunistas. É bom estar atento aos dois e sobretudo, saber distingui-los. 

Fruto da situação, temos assistido à abertura de lojas online e tentativas de vendas directas ao consumidor por parte dos produtores. Sejam bem vindos! 
Não tenho duvidas de que é uma tendência que veio para ficar e que se vai intensificar nos próximos tempos. Contudo, e uma vez que o motivo não foi a maturidade para o meio digital, temo que se estejam a precipitar para o abismo. Deixo-vos um alerta e um conselho.

Não pensem que abrem uma loja e passam imediatamente a vender vinho. Isso nunca aconteceu e não vai simplesmente acontecer. Abrir uma loja virtual é um passo fácil, o difícil é sempre encontrar formas de levar as pessoas a comprar nas vossas lojas (conteúdo, conteúdo e mais conteúdo). Não se esqueçam também que loja própria requer um acréscimo de logística fina (não vendem à palete, mas caixa a caixa) e que isso também tem custos, requer possivelmente contratos com transportadoras... um novo drama... quem sabe se para nada!

Para quem não tem um plano sobre o que fazer e também não está a pensar desenvolver um, sugiro que tentem primeiro com os vossos parceiros que já trabalham online e têm as suas lojas virtuais. Será muito mais fácil e eficiente canalizar as vendas para lá do que criar algo de raiz, com o qual não sabem lidar e que acabará por ser mais um custo para ficar às moscas. 


Há anos que grito que os produtores devem ser os principais evangelistas dos seus vinhos. Está na altura de colherem o que têm semeado.

Espero ter podido ajudar com estes alertas. Espero o melhor para todos. Estou disponível para ajudar no que me for possível.
Juntos somos mais fortes.
Boa sorte a todos!

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